Diana: Aqui diz que não
estás. Mas Fizes-te só um? – Ela comprou dois, para o caso de estiver errado
ela fizesse outro
Margarida: Sim só fiz
esse, mas vou fazer outro.
Esperamos outra vez, já
não tão impacientes, mas o nervosismo continuava.
Margarida: Está aqui. –
Desta vez quem pega no teste sou eu
Mariana: Não estás. –
Ela tira-me o teste da mão
Margarida: Não estou
grávida, não estou grávida.
Diana: Mas que te sirva
de lição. Não quero dar numa de mãe, mas foste irresponsável Margarida.
Mariana: A Diana tem razão,
tá bem que podia acontecer a qualquer um mas tens de te cuidado.
Margarida: Eu sei que
sim, desculpem lá este momento… Mas tive medo. E não volta a acontecer…
Mariana: Nós agora
temos de ir.
Margarida: Ah tarde
combinei ir ter com o André. Venham também.
Diana: Onde??
Margarida: Ao parque…
Vai ser giro!
Mariana: Tenho de falar
com o Rodrigo.
Diana: E eu com o Afonso.
E as nossas mães? - Perguntou
Mariana: Acho que
deixam. E temos de ir não?
Diana: Sim é melhor, e
tu minha menina, tem mais cuidado.
Margarida: Isto não vai
repetir-se! Até logo!
Saímos de casa da Margarida
e íamos as duas a falar, quando o meu telemóvel toca.
Mariana: Quem será agora?
– Peguei no telemóvel – É a namorada do meu pai.
Diana: É melhor
atender.
(chamada)
-Tou?
-Mariana, é a Sónia… A namorada
do teu pai.
-Sim, eu sei. Que se
passa? – Nisto oiço choro – Sónia, tem calma. Diz-me o que se passa.
-Foi o teu pai, ele
teve um acidente. Está no hospital, parece que é grave. Era só para te avisar….
Tou Mariana? – Deixei cair o telemóvel, estava em choque começei a chorar,
chorei muito, a Diana apanhou o telemóvel e continuou a falar
-Estou, é a Diana, uma
amiga. Pode dizer-me o que se passa?
-Foi o Luís, ele teve
um acidente, acho que é grave. Diz-lhe que se quiser vir ao Algarve eu estou ah
espera dela mas que me avise para eu ir busca-la ah estação.
-Sim eu aviso,
mantenha-se calma por favor. Vou desligar com licença.
-Ok, obrigada e por favor
tenta acalmar a Mariana.
(fim de chamada)
Ambas desligaram, eu
estava em choque, não acreditava, não podia ser o meu pai… Ele sempre foi
cuidadoso na estrada.
Diana: Anda, vamos para
casa. – Disse ao levantar-me do chão
Mariana: Eu tenho de ir
já para o Algarve, tenho de estar ah beira do meu pai.
Diana: E vais, mas
primeiro vamos a minha casa, tu avisas a tua mãe e a seguir partes já para o
Algarve.
Fomos acorrer o mais
que podemos para casa dela. Quando lá chegámos as forças faltaram-me, caí no
chão a chorar desesperadamente, ocorriam-me milhares de imagens na cabeça do
meu pai e eu a brincarmos nos dias de inverno, ah lareira com legos e cartas, fazíamos
castelos enormes de cartas. Imagens minhas e dele na praia quando ainda era
pequena, como nós corríamos, brincávamos, sorriamos, divertíamo-nos acima de
tudo. A minha mãe ficou a saber de tudo e fomos para casa, eu peguei numa
mochila, meti tudo o que veio ah mão, calções, camisolas, sapatilhas, casacos,
tudo mesmo e fui a uma moldura onde estava eu e o meu pai na praia, sorridentes
como sempre tirei a fotografia e levei-a comigo. O Rodrigo entrou no meu quarto
e viu-me a chorar. Deu-me um abraço e disse que vinha comigo, eu não discuti
porque no meu estado normal dizia que não. Seguimos caminho até ah estação
compramos dois bilhetes para Faro despedi-me da minha mãe e do Gonçalo e entrei
no comboio. E sentei-me, o Rodrigo sentou-se ao meu lado.
Rodrigo: É melhor
ligares ah namorada do teu pai a dizer que vais para baixo.
Mariana: Sim vou já
fazer isso.
(chamada)
-Tou, Sónia?
-Sim, que se passa Mariana?
– Perguntou um pouco preocupada
-Comigo nada, era só
para avisar que estou a caminho do Algarve.
-A tua mãe sabe? Disseste-lhe?
Vem alguém contigo?
-Sim a minha mãe sabe e
o meu namorado também vem comigo.
-Então quando chegares
ah estação liga-me que eu vou-te buscar. Eu tenho o meu irmão aqui comigo ele fica aqui e eu vou-te buscar. Fica combinado?
-Sim, não te preocupes.
Como é que está o meu pai?
-Não sei, e estou realmente
preocupada, não o posso perder, não posso ele é demasiado importante para mim. –
Disse começando a chorar – Desculpa.
-Não me peças desculpa,
tenta manter-te forte. Pelo menos até eu chegar aí, faz isto pelo meu pai Sónia.
-Sim, eu faço isto por
ele. E tu também tens de ter calma. É melhor desligar. Até já.
-Até já Sónia.
(fim de chamada)
Rodrigo: Então novidades?
Mariana: Não tudo na mesma,
a Sónia é que está muito acelerada.
Rodrigo: É compreensível
amor.
Mariana: Oh Rodrigo, eu
não posso perder o meu pai, não posso. Ele é o melhor pai do mundo, ele nunca
teve um acidente de carro, sempre respeitou as regras da estrada. Porquê ao meu
pai? Porquê? Ele não merece. – Umas lágrimas escorriam-me pela cara
Rodrigo: Não podes
pensar no pior. Se pensares assim ele não melhora queres isso? – Eu acenei que não
e deu-me um abraço forte e de seguida um beijo leve
Mariana: Amo-te nunca
me deixes.
Rodrigo: Eu nunca te vou
deixar porque tu és o meu sol e sem ti no centro do sistema solar perco a razão
de girar ou melhor de viver. – Ficou um bocado envergonhado – foi um bocado piroso
mas tu percebes-te a mensagem. – Aproximei-me dele e beijei-o com todo o amor
que sentia e ele também, fomos interrompidos por um homem
Senhor: Peço desculpa
por interromper, mas já estamos em Faro. Tenham um resto de boa noite. – E saiu
da nossa beira
Rodrigo: Eu és forte
não tenhas dúvidas disso. E conta sempre comigo porque eu estou sempre aqui. – Deu-me um beijo na testa, pegamos nas mochilas e saímos
Mariana: É melhor
mandar uma mensagem ah Sónia.
Rodrigo: Manda então.
Mensagem enviada: Sónia
já cheguei ah estação podes-me vir buscar. Até já beijinhos
Mensagem recebida: Vou-te
já buscar. Até já beijinhos
Em menos de 5 minutos a
Sónia já estava ah nossa beira, apresentei-a ao Rodrigo e dirigimo-nos ao
hospital.
Sónia: Não queres ir
para casa descansar? Eu aguento o barco aqui. Tu deves querer descansar e o Rodrigo também, eu posso levar-vos a casa e preparar-vos algo para comerem. –
Peguei nas mãos dela
Mariana: Sónia não te
preocupes comigo, daqui a pouco nós vamos comer. E obrigada pelo que estás a fazer
por mim.
Sónia: Não me agradeças,
só quero o teu bem! - Saímos do carro e o Rodrigo entrelaçou as nossas mãos o
que de certa forma me deu força para entrar no hospital.
Sentámo-nos numa
salinha de espera. Um médico dirige-se ah Sónia.
Médico: Boa noite, é a
esposa do Senhor Luís?
Sónia: Sou apenas namorada.
Mas diga, diga.
Médico: Ele está livre
de perigo, mas não pode receber visitas.
Sónia: Amanhã de manha
já tem visitas doutor?
Médico: O estado dele
está voltar ao normal, sofreu um traumatismo craniano, teve várias lesões no corpo
e partiu o braço esquerdo.
Sónia: Ele vai ficar
bem doutor?
Médico: Vai, não
preocupe. Agora pode ir para casa e comer alguma coisa.
Sónia: Obrigada. – Veio
ao pé de mim e explicou-me o sucedido – Agora vamos jantar ao shopping porque não
me apetece fazer comida.
Mariana: Sim vamos,
amanhã vimos as duas para o hospital?
Sónia: Se quiseres vir
comigo claro que vens!
Mariana: Sim eu venho contigo.
Rodrigo, se quiseres podes votar para cima. Escusas de perder mais aulas por
minha causa.
Rodrigo: Nem penses eu
fico aqui contigo até o teu pai ter alta.
Sónia: Queres ser já
apresentado ao teu sogro? Parece-me uma boa ideia. – Piscou-me o olho
A seguir fomos jantar e
fomos logo para casa para dormir.
Ora mais um capitulo, comentem... É muito importante, por favor.
Espero que gostem! :D
Beijinhos Mara
4 comentários:
Adoro *.*
Gostei da parte do sogro :)
obrigadoo :)
Obrigada!!
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